quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Obama nega guinada ao centro após eleição parlamentar

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou no domingo que tenha se deslocado para o centro do espectro político depois da derrota do seu Partido Democrata na eleição parlamentar de novembro. "Sou o mesmo cara", disse ele.
A maioria dos analistas políticos diz que Obama adotou posições mais centristas ao se preparar para tentar um novo mandato em 2012. Um exemplo disso seria o acordo com o Partido Republicano - agora majoritário na Câmara - para renovar benefícios tributários a todos os norte-americanos, inclusive os mais ricos.
Obama também se declarou mais disposto a ouvir seus adversários, e na semana passada se reuniu com o senador John McCain, seu adversário na eleição presidencial de 2008.
Mas, em entrevista ao comentarista conservador Bill O'Reilly, da Fox News, Obama negou que tenha havido uma guinada política. "Sou o mesmo cara. Meu foco prático, meu foco no bom senso atualmente é em como podemos superar o resto do mundo em termos de inovação, educação, construção e competência."
Tentando provar que não mudou de rumo, Obama disse: "Não aumentei impostos nem uma só vez, reduzi impostos nos últimos dois anos."
Obama disse também que a reforma da saúde, aprovada no ano passado no Congresso, acabará sendo aceita pela Corte Suprema, apesar de recentes decisões de instâncias inferiores - como de um juiz da Flórida - declarando a medida inconstitucional.
"Bem, acho que o juiz da Flórida estava errado. Tenha em mente que tivemos 12 juízes... que simplesmente arquivaram esse processo, a noção de que a lei da saúde pública é inconstitucional", disse Obama.
Questionado sobre a pior coisa de ser presidente, Obama tinha uma resposta pronta, num dia em que se preparava para assistir ao Super Bowl (principal jogo da temporada do futebol americano) numa festa na Casa Branca, em meio a convidados como a atriz Jennifer Lopez.
"A pior parte do emprego, acima de tudo, é estar de paletó no domingo do Super Bowl", disse Obama. E o maior problema, segundo ele, é a "bolha" que o cerca na Casa Branca.
"Com o tempo... você sente que não é mais capaz de simplesmente ter uma conversa espontânea com as pessoas", disse ele.

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